Repórter: Dr. Lazzarotto qual a diferença básica entre a cirurgia desenvolvida pelo senhor e as outras técnicas existentes?
Dr. Lazzarotto: Bem, desde que me formei nunca concordei com as cirurgias que mutilassem alguma coisa no corpo. Por exemplo: eu acho uma agressão as técnicas das cirurgias que cortam o estômago ou ainda cortam parte do intestino. Por isso que resolvi criar essa técnica. Eu não mexo no estômago, por isso não tiro o prazer da pessoa comer, só faço um desvio no intestino, assim o operado só vai absorver o que é preciso, ai vai emagrecer naturalmente. Não há falta de vitaminas e sais minerais.
Nesta técnica além da pessoa poder comer normalmente ela não precisa passar por psicólogo, nutricionista e outros profissionais, terá vida normal , tudo normal mesmo.
Outra particularidade é a anestesia: O paciente é operado acordado, a anestesia é peridural e raquidiana, ele fica acordado conversando com a gente durante o procedimento. É muito mais segura que uma geral, por exemplo. Os obesos que são submetidos a uma anestesia geral (entubados) ficam respirando durante horas por aparelhos e devido à gordura que muitas vezes comprimem os pulmões, dificulta a pessoa a voltar respirar sozinha. Por isso que nas outras técnicas acontece de o paciente ter de ir pra UTI para adaptar os pulmões a respirarem sozinhos novamente.
Repórter: Gostaria que o senhor explicasse por que o operado deve tomar bastante água com a comida?
Dr. Lazzarotto: Nesta técnica o principal meio de emagrecimento é a água. Tomando água com as refeições facilita o trajeto do alimento no intestino. Veja bem: quando comemos, o alimento vai para o estômago (que não engorda ninguém) formando o bolo alimentar, depois começa o trajeto pelo intestino, onde são absorvidas as gorduras e as vitaminas… Tomando água, esse alimento passa mais rápido pelo intestino fazendo com que a pessoa não engorde. O sucesso da cirurgia Lazzarotto e Souza está baseado na água. O paciente controla o seu emagrecimento tomando mais ou menos água.
Repórter: Quantas pessoas já foram operadas com essa técnica?
Dr. Lazzarotto: Estamos chegando a três mil operados em todo o mundo. Os resultados são ótimos. Já faço as cirurgias há mais de vinte anos. Recebo ligações de pacientes que moram nos Estados Unidos, Argentina ( América latina toda), Europa e Japão, que sempre me contam bons resultados.
Repórter: O senhor desenvolveu a técnica. Algum outro médico faz essa cirurgia no mundo?
Dr. Lazzarotto: Bem, hoje eu meu filho Dr. Moutinho e Souza (que também é cirurgião cardíaco) fazemos a cirurgia. Operamos apenas em Curitiba e no hospital Instituto de Medicina e cirurgia do Paraná. Este hospital está equipado para operarmos obesos com qualquer peso.
Repórter: Quem pode passar pela cirurgia?
Dr. Lazzarotto: Todos os obesos mórbidos e também os obesos que tenham IMC acima de 35 associado a doenças como diabetes, hipertensão. No último congresso de obesidade realizado no final de 2007 na cidade de Curitiba, falou-se que: pessoas somente obesas, mas que sofram com diabetes há mais de cinco anos possam se indicadas para a cirurgia para a melhora da doença.
Repórter: Falando em diabetes e hipertensão, é verdade que sua cirurgia cura essa doenças?
Dr. Lazzarotto: No caso da diabetes tipo (2) chega a melhorar já nos quatro primeiros dias de cirurgia e hipertensão também. Os pacientes ficam muito felizes com esse resultado.
Repórter: Pra encerrar. O senhor gostaria de dar algum conselho para os obesos que queiram passar por uma cirurgia de Obesidade?
Dr. Lazzarotto: Sim. Esse conselho eu dou em todos os programas de TV em que participo. Se você é gordinho ou gordinha deve seguir os seguintes passos: Primeiro procure seu médico de família aquele que você confia, ele vai te indicar um endocrinologista, que vai lhe passar remédios e dietas. Se não resolver, ai sim procure um, dois ou até três cirurgiões de obesidade com técnicas diferentes. Peça pra conversar com pessoas que passaram por essas cirurgias para você comparar os resultados. Porque uma cirurgia de obesidade pode ser um caminho de fácil ida, mas de difícil volta.
Telefones:
São Paulo (11) 3522- 3468
Campinas (19) 4062-9180
Curitiba (41) 3595-0449
Rio de Janeiro (21) 4063- 6201
Brasília (62) 4053-7223
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